quinta-feira, outubro 01, 2009

Cambridge (parte 2)

Ja' no aeroporto eu fui direto para a área de embarque pois eu havia feito o check-in on line e eu tinha o cartão de embarque comigo.

Espera, espera, espera e espera um pouco mais até que a empresa aérea chamou para embarcar. Como aqui é primeiro mundo, todos foram educados, fizeram uma fila organizada e respeitando as pessoas idosas ou gestantes, certo? Errado!! O povo parecia um bando de boi louco correndo para embarcar. Deixei algumas (varias) pessoas passarem na minha frente (na verdade elas literalmente se amontoaram na minha frente) e enquanto isso havia um tiozinho atrás de mim que ficava me empurrando.

Depois de uns 4 empurrões eu quase perdi a paciência. Respirei fundo e olhei pra ele com cara de poucos amigos. Então ele olhou de volta pra mim e disse:

"- você vai??"

Pensei: Como assim??? você vai? Oras, se eu estou no meio desse bando de gente esperando é porque eu vou, mas na verdade a minha vontade era de responder:
"- não, não vou. Estou aqui pq eu adoro ficar numa fila". (modulo tolerância zero: on)

Respirei fundo mais uma vez e disse calmamente:
"- sim"

Sem dar margem pra qualquer outro dialogo, virei rápido e tentei fazer a minha melhor cara de porta, olhando para um horizonte sem fim (a parede) até chegar a minha vez. Logo depois de eu passar pelo controle foi a vez do tal tiozinho entregar o cartão de embarque dele e quando eu menos esperava eu vi ele passando correndo por mim. A pergunta que não saia da minha cabeça era "sera' que ele esta' com piriri??".

Fato é que para o meu deleite, havia (obviamente) outra fila para entrar no avião e o tal tiozinho estava apenas 2 pessoas na frente. Moral da historia: nada adiantou a pressa toda dele, pois o avião so' saiu depois de todos os passageiros terem embarcado :-)

Ja' dentro do avião eu estava tranquilo lendo um livro e pensando na morte da bezerra (tudo isso ao mesmo tempo) até que o meu momento de contemplação foi quebrado. Um casal parou no meu lado e ficou olhando pra mim. Depois de uns 30 segundos de um silêncio meio constrangedor (imagine a cena de um filme do velho oeste com aquela musica que toca antes de um duelo) o rapaz perguntou se as poltronas ao meu lado estavam vazias. Levantei e dei espaço pra que eles passassem. Nessa hora, veio novamente aquele cheiro azedo no ar e eu sem poder controlar o meu corpo disse baixinho "não... de novo não". Pois é, eu não sei se era ele, ela ou ambos, mas alguém tinha esquecido o desodorante mais uma vez.

continua...

3 comentários:

Déia disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Pensei que pelo menos aí as pessoas fossem um pouquinho mais educadas...

Eu tb sou muito tolerância zero kkkk, não faça pergunta besta pra mim.. kkkkk

Não creio, mais fedô??? to só imaginando a continuação kkkkk

bj

Luísa disse...

Nossa, que desilusão ! hahaha
Estou doida pra ler a continuação !

Adorei, beijos

Desabafando disse...

kkkkkkkkkkk....ou vc é muito azarado ou o povo daí é porquinho e usa muito perfume francês...rsrsrsrs...

ah, e vc deveria ter respondido daquele jeito pro velhinho...rsrsrsrs...só pra ver a cara dele...imagina..ter coragem de te perguntar isso na sala de embarque. Demais hein! E a Gloria Perez já dançou hein..rsrrsrsrs...