segunda-feira, setembro 03, 2018

O Cipreste Solitário e o fogo no Museu Nacional


A foto abaixo é do Cipreste Solitário (Lone Cypress) nos arredores de Monterey, CA nos EUA. Esta árvore é considerada uma das árvores mais fotografadas da América do Norte. A sua idade é estimada em aproximadamente 250 anos.



A foto abaixo é do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Esta instituição científica é a mais antiga do Brasil e, até meados de 2018, figurou como um dos maiores museus de história natural e de antropologia das Américas com cerca de 20 milhões de itens no seu acervo. O local também foi residência da Família Real Portuguesa e da Família Imperial Brasileira.


Há 65 anos o Cipreste Solitário é suportado por um conjunto de cabos que evitam que a árvore sofra com os ventos fortes e as tempestades na costa do Oceano Pacífico.

Há anos o Museu Nacional aguardava a liberação de verbas para restauração e manutenção do espaço.

Hoje o Cipreste Solitário está lá, imponente e conservado. 

Do Museu Nacional, quase nada se salvou. Nenhum dos grandes partidos pode se isentar desta tragédia, uma vez que PSDB, PT e (P)MDB governaram o país e nada de efetivo foi feito para evitar a tragédia.

Esta é mais uma evidência de como não sabemos dar valor e cuidar das coisas que são importantes para o país.

Que fase!

quinta-feira, novembro 15, 2012

Pena preta, dedo podre, zica! Sai de mim!!

Em alguns momentos eu acho que numa vida passada eu usei lascas da cruz de Cristo para palitar os dentes e limpei os pés no Santo Sudário, ou fiz coisa pior, sei lá. O que você vai ler aqui é um retrato dos fatos que ocorreram comigo entre os dias 10 e 15 de novembro de 2012.

Sábado – 10/11: O dia estava quente e seco. O sol brilhava e era agradável, mesmo assim eu passei o dia todo em casa descansando para a corrida da noite, Fila Night Run. A largada era as 20:30 e, conhecendo o trânsito de São Paulo, eu saí cedo, às 18:00. Como era previsto tinha trânsito na Marginal Tietê e estava maior muvuca para poder estacionar perto do Anhembi. Consegui entrar no estacionamento somente às 19:30 e ao sair do carro eu vi algumas nuvens escuras, mesmo assim fui para a área de largada pensando em alongar. Faltando 40 minutos para a largada senti alguns pingos de chuva e logo em seguida, sem muito anúncio o mundo caiu em forma de água, foi muita, muita chuva! Dez minutos antes da largada chovia ainda mais e os raios deram o ar da graça, mesmo assim foi dada a largada e corremos. Já no segundo quilômetro os corredores começaram a afunilar e eu entendi o que acontecia, a rua estava alagada. Foram seis pontos de alagamento nos 10 km da corrida.

Domingo – 11/11: Outro dia ensolarado, mas dessa vez eu fui precavido, embora não haja muita coisa a fazer quando se compete com São Pedro. No show de abertura da Lady Gaga (sim eu fui...) choveu forte. Os pingos eram tão grossos que as vezes dava impressão de que eles iriam furar a capa. Felizmente foram apenas 30 minutos de chuva e foi possível aproveitar o restante do show.

Segunda-feira – 12/11: Acordei cedo para ir para a academia, chovia fraco e resolvi ir de carro. Quando liguei os faróis percebi que a lâmpada do farol direito estava queimada. Na hora de sair da academia chovia forte (todos os paulistas presenciaram isso) e ao chegar em casa, para minha surpresa, descobri que o prédio todo estava sem luz. Tive que tomar banho gelado mesmo, eu tinha uma reunião as 08:00 am. Corri para o escritório e cheguei com as pernas todas molhadas porque a chuva não dava trégua, mas só depois de chegar lá fui descobrir que a reunião tinha sido desmarcada.

Terça-feira – 13/11: Eu já havia agendado a revisão do meu carro com antecedência. Logo cedo fui para a agência da Peugeot e deixei o carro. Aproximadamente às 16 horas recebi uma ligação dizendo que o carro estava quase pronto e que eu poderia busca-lo às 17 horas. Dez minutos mais tarde uma nova ligação que começou mais ou menos assim:

“- Senhor Leandro” (lá vem bomba) “lamento informa-lo, mas ao retirar o carro do elevador o nosso mecânico passou em cima de uma peça e rasgou um pneu dianteiro do seu carro, mas fique tranquilo que vamos encontrar uma solução.”

A “solução” encontrada foi colocar o estepe para rodar e eles emprestaram um novo estepe até que eles encontrem um pneu com a especificação e desenho iguais ao que eles conseguiram estragar. A dúvida que ainda está no ar é se é possível andar com um pneu novo e outro que já rodou 16.000 km (pneus da frente). A Peugeot diz que não há problema, mas essa história ainda não acabou...

Quarta-feira – 14/11: Consegui adiantar algumas coisas no escritório e sai um pouco depois das 16h. Passei em casa, peguei a mala e fui para rodoviária. Cheguei a tempo e tudo correu bem. O ônibus saiu no horário (19:35) e, por incrível que pareça, a Serra do Cafezal não estava congestionada. Por outro lado, basta o meu cérebro processar a palavra “viagem” que o meu para-raio-de-louco liga. Já no Taboão da Serra uma senhora entrou no ônibus e encontrou a comadre na fileira ao lado da minha poltrona. A tal comadre não tinha volume na voz e de 30 em 30 segundos repetia “Verdade Neusa?!?!” ou “Nossa Neusa?!”, e a conversa se estendeu até as 22 horas quando a tal da Neusa foi para a poltrona dela no final do ônibus. Aproximadamente as 23:30 chegamos em Registro para jantar (20 minutos). Passei no banheiro, peguei uma pizza e comi rápido. Fui para a fila para pagar ainda com a latinha de Coca-Cola na mão. A fila estava gigante, mas até que andou rápido. Logo após pagar fui para o ônibus, mas adivinha... ele não estava lá. Encontrei um motorista da Reunidas e perguntei para ele, já temendo saber a resposta:

“- Você viu o ônibus 27222?”

“- Sim, já saiu.”

Saiu como?? Não foi anunciado no microfone!?! Eles não conferem o número de passageiros?

Aparentemente alguém da Reunidas pegou uma carona com o ônibus e o motorista ao invés de contar o número de passageiros +1 (o carona), viu que o número total batia e resolveu continuar viagem... e eu fiquei.

Encontrei o responsável dos ônibus da Reunidas em Registro e felizmente havia um lugar em outro ônibus que ia para Erechim. Fui de carona com esse ônibus até Curitiba e lá foi possível embarcar novamente no ônibus certo. O detalhe é que ninguém da Reunidas sequer veio dizer uma palavra sobre o ocorrido.

No trecho de Registro até Curitiba não consegui sequer cochilar, mas em Curitiba, já no ônibus correto eu pude descansar um pouco. Eu até que dormia bem quando o ônibus fez outra parada para lanche em Matinhos e a tal senhora gritou (sim, gritou) para a comadre que estava sentada no final do ônibus: “Neusa!!! Você vai descer?” (oooo mulher desgraçada!).


Tudo isso ainda foi potencializado por uma grande carga de trabalho (executar as tarefas de cinco dias em três por causa do feriado) e alguns outros fatores externos. Na boa... se isso for o prelúdio do meu inferno astral, eu não quero nem ver o que me aguarda.

quinta-feira, novembro 08, 2012

Quando "ele" não comparece...


Alguns homens com certeza já passaram por isso e devem saber bem do que eu estou falando, como é difícil! Para as mulheres a coisa é bem mais tranquila e, nas poucas vezes que isso acontece com elas, é bem menos complicado, mas para os homens é evidente. Talvez seja essa cultura do "ser dominante" (que não consegue nem dominar o próprio corpo) que nos deixa tão abalados nessas situações.

Confesso que na hora eu fiquei frustrado, disse para mim mesmo, ainda cabisbaixo, "isso nunca aconteceu comigo!". Cheguei até sentir uma certa dose de vergonha. Alguém poderia dizer que qualquer um está sujeito a isso, mas só quem sente na pele (literalmente falando) sabe o que significa.

O lado bom da história é que existe uma luz no fim do túnel. Encontrei um profissional no assunto e estou fazendo tratamento. Segundo ele, o tratamento é eficiente e em breve o meu joelho estará bom novamente para que eu possa voltar a correr.

sábado, outubro 06, 2012

E assim eu comecei a correr... (parte II)


Confesso que eu nunca gostei muito de correr, mas isso não tem nada haver com com morder a língua ;-) 

...mas depois que eu comecei a treinar direitinho, mudei de opinião e peguei gosto pela coisa.

O mais interessante é que a história de correr não tem relação alguma com exercícios físicos, mas sim com objetivos de vida. A corrida então, nada mais é do que um exercício para o meu cérebro. Explico:

Correr exige disciplina, persistência ou, como alguns gostam, resiliência. Sim! Resiliência é a palavra.

Ao correr eu preciso superar desafios, como acordar cedo para os treinos, abrir mão de um certo conforto, fazer escolhas, entre outras coisas que eu prefiro guardar pra mim.

A corrida é apenas um meio para um fim.

Como foi citado em um vídeo por ai no YouTube:

"You can do anything you want to, as long as you make up your mind to do it."

domingo, setembro 23, 2012

E assim eu comecei a correr...


A vida é engraçada... algumas coisas acontecem e você simplesmente não percebe o significado na hora e, como dizem uns conhecidos meus, “as fichas não caem”.

Depois de ver o vídeo abaixo algumas das fichas finalmente caíram pra mim e eu decidi começar a correr.


Eu estava com um condicionamento físico ruim (do ditado “se eu atravessar a rua correndo eu infarto”, dada a falta de exercícios e estagnação do meu ser), fui conversar com o meu ex-chefe, um praticante do Iron Man, e agora praticamente mentor esportivo.

Com ele é tudo “faca na caveira”, então para ver se a coisa era séria ou não, ele deu um treino for dummies só pra ver onde essa brincadeira iria parar. O treino consistia em: 4 baterias de 10 minutos, sendo que os 10 minutos são divididos em 8 minutos de caminhada e 2 minutos de corrida.

Confesso que o primeiro treino foi o cão! Dores nas pernas e coceiras insuportáveis. Sim! As coxas coçavam ao ponto de dar vontade de arrancar a pele. Claro que eu fiquei curioso e fui atrás da resposta ;-)

Comecei a correr no dia 21/06 (uma quinta-feira) às 06:00 am e os treinos foram evoluindo. Cada semana eu reduzia um minuto de caminhada e aumentava um minuto de corrida.


No dia 01/07/12 eu fiz a minha primeira prova:

  • Circuito Adidas – Inverno, 5km em um tempo de 0:30:14 (pace: 0:06:30 min/km)




Continua...

segunda-feira, julho 30, 2012

Realista, não pessimista

Existem poucas coisas na vida que são certeza. Uma delas é que todos vamos morrer um dia, a outra é que as pessoas sempre vão te decepcionar de uma forma ou de outra. Para a primeira eu não tenho a solução (ainda), já com relação a segunda, talvez a formula seja se basear nos seus valores e compreender que as pessoas podem não ter estes mesmos valores.

quarta-feira, junho 13, 2012

Carta aberta à companhia aérea TAM


São Paulo, 13 de junho de 2012.

Carta aberta à companhia aérea TAM

Prezados, venho por meio desta, relatar o ocorrido e fazer uma reclamação referente ao atendimento prestado pela companhia aérea TAM em decorrência do fechamento do Aeroporto de Congonhas na noite de 12 de junho de 2012.

Conforme previsto, no dia 12 de junho de 2012, eu estava no horário marcado pela companhia aérea aguardando o embarque do vôo JJ 3034 (de Joinville – SC para Congonhas – SP). Por volta das 19 horas foi comunicado por um funcionário da TAM que o Aeroporto de Congonhas estava fechado.

Incrivelmente, essa foi a única notícia oficial que recebemos da TAM durante as próximas 4 (quatro) horas. Ficamos sabendo que o aeroporto estava fechado devido às condições climáticas por meio de mensagens de texto e notícias na Internet. Passado das 21 horas as pessoas que tinham algum tipo de conexão foram chamadas para conversar e deixaram a sala de embarque. O que aconteceu com eles? Sinceramente não sei dizer.

Os demais passageiros ficaram mais uma vez sem qualquer pronunciamento da TAM. Às 22 horas eu fui conversar com o único funcionário que estava na sala de embarque e eu o questionei sobre informações a respeito do voo e alimentação. Fui informado que não havia previsão sobre uma possível saída de Joinville e que, como o problema era climático, a TAM não tinha nenhuma obrigação legal de prover alimentação aos passageiros. Convenhamos que a TAM, uma empresa que prega um atendimento de qualidade, sequer oferecer um copo d’água aos passageiros é no mínimo intrigante.

Quando voltei a questionar o funcionário sobre a alimentação, a nova desculpa foi que o restaurante do aeroporto já estava fechado e que nada poderia ser feito. Vale ressaltar que dentre os passageiros estavam crianças e idosos.

Aproximadamente às 23 horas embarcamos no avião com a promessa de que voaríamos até Guarulhos e não mais para Congonhas (destino original). Pela primeira vez na noite tivemos uma notícia oficial da TAM sobre o que estava acontecendo e também pela primeira vez nos foi oferecido algo: uma bala de caramelo!

Ficamos mais 45 (quarenta e cinco) minutos dentro do avião aguardando autorização para decolar. Passado esse tempo, o piloto nos informou que a torre não havia liberado a decolagem porque o pátio do Aeroporto de Guarulhos estava lotado. Desembarcamos, retiramos a bagagem e nos dirigimos ao balcão de check-in da TAM.

Mais uma longa espera e começamos a ser atendidos. Um fato, no mínimo curioso, foi quando um passageiro, um senhor de idade avançada, questionou um membro da equipe de terra sobre a alimentação e esse “profissional” respondeu (pasmem!): “- Aqui não é restaurante!”.

Nesse meio tempo as pessoas residentes em Joinville ou imediações retornaram às suas casas e os demais passageiros aguardavam a boa vontade da equipe TAM. Aparentemente os casos foram negociados individualmente, mas a maioria foi direcionada para um hotel em Balneário Camburiú para pernoite (eu inclusive).

Segundo as instruções, dormiríamos em Balneário Camburiú e no dia seguinte seguiríamos para Florianópolis para pegar um voo para Guarulhos (e não Congonhas, o destino original). Entendo que os hotéis em Joinville estavam todos lotados, porém eu não entendo porque iríamos dormir em Balneário Camburiú se estavam nos direcionando para Florianópolis. Não seria mais fácil e prático ir diretamente para Florianópolis? Talvez exista uma explicação plausível, porém mais uma vez a TAM nos deixou a margem da ignorância.

Feita a entrega dos vouchers para alimentação (finalmente, mas somente válido para usar em Balneário Camburiú) e do hotel, fomos direcionados (pela equipe TAM) para o ônibus que se encontrava em frente ao Aeroporto de Joinville. Para nossa surpresa (e não para nossa alegria), fomos informados pelo motorista que aquele ônibus não era da TAM, mas sim da TRIP*.

Voltamos a questionar a equipe da TAM sobre o ônibus e fomos informados que “ele deveria estar chegando” (palavras da funcionária TAM). Para resumir um pouco a história, saímos do Aeroporto de Joinville por volta das 00:45 h no ônibus fretado pela TAM e chegamos em Balneário Camburiú por volta das 02:40.

Às 07:00, pouco mais de quatro horas após a chegada em Balneário Camburiú e pouco descanso, embarcávamos novamente no ônibus para ir até Florianópolis. Já no aeroporto Hercílio Luz, eu fui ao balcão de check-in da TAM para tentar transferir a passagem que estava marcada para Guarulhos por um voo para Congonhas. Felizmente eu e mais três pessoas conseguimos trocar o voo, porém outro passageiro não pode fazer o mesmo. Segundo o atendente (de forma pouco polida), o voo estava lotado. Imaginem, meus caros, a minha surpresa quando eu constatei (após a decolagem) que a poltrona atrás de mim e outras duas logo à frente estavam vazias. Questiono o que realmente aconteceu: foi má vontade? Falta de informação? Ou simplesmente descaso? Sinceramente não sei dizer os motivos que levaram o funcionário da empresa TAM agir dessa maneira.

Após 18 horas de muito desgaste, finalmente cheguei ao meu destino final.

Prezados dirigentes da TAM, entendo que adversidades climáticas ocorrem e que devemos nos adequar a essas situações da melhor maneira possível mas, sinceramente, se esse for o “jeito TAM de voar”, está na hora de rever esse jeito. A falta de informações e, em algumas situações, falta de respeito são inadmissíveis para uma empresa desse porte.  A TAM infelizmente não tem preços low-cost, mas no caso supracitado operou, prestou seus serviços e tratou os seus clientes de forma muito inferior a uma empresa low-cost.

Cordialmente,

Leandro Loss.

*Enquanto a empresa TAM, com uma equipe de 8 (oito) pessoas e apenas o nosso voo para “tomar conta”, não nos dava qualquer satisfação ou direcionamento, apenas 2 (dois) funcionários da TRIP receberam 5 (cinco) os voos da TRIP que eram desviados do Aeroporto de Curitiba (que também estava fechado) e encaminhavam prontamente os seus passageiros.