sábado, janeiro 09, 2010

Pela estrada afora, eu vou bem sozinho... (final)

Brasil!! Um país de todos! Que coisa bonita.

Já no controle de passaporte aquela fila imensa, gente furando a fila (quando possível) e barulho, muito barulho! Foi nessa "caminhada" de 20 minutos que eu realmente percebi que estava em "casa". Não foi devido à fila, mas por causa de um conterrâneo que gritava para alguém na fila dos gringos (em português, é claro) a seguinte frase:

"Viuuuuu!!! Fica ai que nóis vai buscá as mala. Nóis si incontra no fri shopiii"

Depois dessa obra-prima da língua portuguesa, passei o controle de passaporte, peguei as minhas malas, passei o controle de alfândega e pude esperar a minha carona.

Em menos de 10 minutos o meu amigo estava lá e fomos para a casa do pai dele.

A experiência em São Paulo foi uma combinação de receptividade, decepção e medo. Explico: a família do meu amigo foi fora de série. Na verdade fui extremamente bem recebido e me senti super à vontade com eles (nota 10). A decepção ficou por conta da salsa. Na mesma noite resolvemos ir para a salsa, afinal, a parada em SP tinha um motivo específico ;-) Fomos a duas casas onde se toca salsa. Os dois ambientes deixaram a desejar por dois motivos. 1 - muito cheio; 2 - ninguém dançava (nem vou entrar no mérito do preço). Tanto um quanto outro pareciam muito mais uma balada com música de salsa do que propriamente um local pra dançar salsa. O quesito medo foi pelo simples fato de ter que andar em SP. Na primeira noite em que saímos em busca da salsa, ficamos parados mais de 40 minutos em um congestionamento. Isso até seria "aceitável" se não fosse o detalhe de serem as 02h50min e a visão de vários indivíduos, digamos, suspeitos andando a pé entre os carros.

Enfim, no dia 13/12 outro congestionamento e peguei o ônibus para viajar de São Paulo a Videira. Essa viagem foi também particular (pelo menos o ônibus era leito). A saída correu bem, apesar do trânsito caótico de SP. Depois do filme que eu ignorei por completo, resolvi dar uma dormidinha, mas quem disse que foi possível? O indivíduo da poltrona a frente da minha ficou com a luz acesa até as 00h30min e, apesar do foco da luz estar direcionado para a poltrona dele, aquilo atrapalhava muito. Quando o feliz resolveu dormir, alguma outra criatura (provavelmente um bípede) resolveu roncar. Moral da história, passava das 02h00min e eu ainda estava com os olhos que pareciam duas bolicas. Depois disso acabei dormindo, mais de cansado do que qualquer outra coisa.

Passadas 12h30min de viagem, finalmente cheguei à minha adorada (às vezes nem tanto) terra natal.

3 comentários:

Desabafando disse...

Que pena que vc não dançou salsa.
E que azar de ter pego congestionamento de madrugada...mas dependendo da região de sp e do dia da semana realmente fica um pouquinho complicado, principalmente nos bairros que tem muitos barzinhos.

Eu gosto de dirigir de madrugada sozinha, mas confesso que tenho um certo receio de fazer isso em algumas regiões de SP.

Arthurius Maximush disse...

Fico imaginando o impacto de alguém que chega da Europa e se depara com a dura realidade das grandes cidades brasileiras.É mesmo de dar medo.

Se os que estão imersos aqui, dia após dia,sentem medo. Imagine quem vai morar lá fora um tempo e acaba se acostumando com essa outra realidade.

Arthurius Maximush disse...

Fico imaginando o impacto de alguém que chega da Europa e se depara com a dura realidade das grandes cidades brasileiras.É mesmo de dar medo.

Se os que estão imersos aqui, dia após dia,sentem medo. Imagine quem vai morar lá fora um tempo e acaba se acostumando com essa outra realidade.