quarta-feira, janeiro 06, 2010

Pela estrada afora, eu vou bem sozinho...

O fatídico dia de deixar a França chegou. Era 09 de dezembro de 2009.

A parte da manhã fora reservada para limpar a casa, pois na função de arrumar malas, despachar livros e me livrar de uma papelada interminável, eu parecia estar morando num local que nunca havia visto uma vassoura.
Embora eu estivesse cansado, levantei cedo e comecei a limpeza. Por volta das 10h00min h tudo já estava pronto, então fui atrás de um taxi para que me levasse ao aeroporto. Depois de ter deixado o rim combinado com o taxista, voltei pra casa.
As 13h30min estava marcada a vistoria do imóvel. Numa pontualidade inglesa, a mãe do proprietário, uma senhora simpática de 89 anos, ligou pra mim dizendo que já estava na frente do prédio. Desci para buscá-la e começamos a conversar. Numa rápida olhada ela disse que tudo estava OK e começou a contar parte da sua vida. A conversa foi agradável e acho que a velhinha gostou de mim, pois ela pediu se eu era solteiro e ainda disse que tinha uma neta muito bonita :-)

Exatamente às 14h30min a senhora partiu com as chaves e lá estava eu aguardando o taxi com uma mala grande (28 Kg), uma mala média (26 Kg) e uma mala pequena (14 Kg), além de uma mochila que deveria pesar outros três ou quatro quilos.
Como eu havia marcado o taxi para as 15h00min h, sentei no meio-fio para esperar e observar o local onde eu havia vivido nos últimos 16 meses.

Na hora marcada, o taxi chegou e nos encaminhamos para o aeroporto. A viagem foi tranquila, pois não era hora do rush e o motorista optou por ir pela "Bord de Mer", isso também permitiu uma última olhada de perto daquele mar azul-anil (ai que aperto no coração). O aperto no coração não era de partir, mas sim o partir sem a perspectiva de voltar.

Aproximadamente 15h40min eu já estava no terminal 1 do aeroporto de Nice. Verifiquei o horário do check-in e descobri que o meu abriria somente às 16h45min. Como eu me conheço, resolvi passar no balcão da Swiss International Airlines para confirmar o peso das bagagens. Como a minha passagem havia sido comprada no Brasil, eu tinha direito de 2 peças de 32 quilos e uma bagagem de mão. Depois de uma rápida olhada, tudo estava OK (música-tema de fundo que representa um milagre!).

Como havia ainda 1 h de espera antes do check-in abrir, sentei num banco e comecei a ler o livro Plataforma. Faltando uns 10 minutos para o check-in abrir. Depois de aproximadamente 30 segundos na fila, uma voz feminina disse:
"Monsieur Loss!"

Já prevendo encrenca, olhei desconfiado. Era a menina que havia me atendido cerca de 50 minutos antes no balcão.
Com um sorriso meio amarelo (e não era por falta de escovar os dentes) ela disse: existe um pequeno problema com a sua passagem, ninguém lhe avisou??

(milagres nunca duram muito comigo)

continua...

6 comentários:

Déia disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Oiiii

Que saudade daqui!!

Poxa, nem dancei.. ou melhor, acho que dancei kkkkk

Feliz 2010!

bj

Desabafando disse...

Fiquei com o coração apertado lendo a descrição da sua partida, dando uma última olhada no lugar que viveu....triste isso.... :-(

E como assim vem encrenca? estou ansiosa pra saber o que aconteceu.

Sonia Lana disse...

Meu coração tb ficou apertado. Me lembrei quando deixei Santa Catarina para voltar para o Rio.
Estou curiosa para saber o que aconteceu....

Ewerton disse...

Hehehe... Pior que mesmo sabendo o que aconteceu, fico curioso pra ver como vai ser o próximo post... :P

Arthurius Maximus disse...

Vou rápido ler a conclusão do que parece ser mais uma daquelas sagas.

香草泡芙Landy disse...
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