sexta-feira, outubro 07, 2005

Das aventuras de um sem-noção: Especial Londres-Veneza.

Londres. Mais um pouso pouco delicado.
O aeroporto de Stansted fica no meio de lugar algum. A melhor forma para ir até o centro de Londres (Victoria Station) é via trem e a viagem leva 55 minutos. Imaginando que se eu tivesse sorte eu teria 30 minutos para passear no centro e voltar ao aeroporto para fazer o chec-in do meu vôo para Veneza. Assim resolvi ficar pelo aeroporto mesmo. Vamos deixar para conhecer Londres em outra oportunidade.

Sábado 30 de setembro de 2005, por volta das 22:15, o avião pousava em Veneza, mais precisamente em Treviso uma cidade a 60 km. Esta foi mais uma aterrisagem bruta (será esse o meu carma?) e ainda tive que aguentar algumas pessoas que aplaudiram. Minha melhor explicação para esse ato insano foi o medo, pois inguém em plena consciência aplaudiria aquilo, mas blz... vivo e pronto pra próxima.

Logo ao adentrar no aeroporto já senti o clima italiano no ar. Bem diz a lenda q a Itália é um dos países mais desorganizados da Europa (concordo!!). O aeroporto mais parecia o hall de uma rodoviária de uma cidade do interior de SC com 2.873 habitantes. Pelo menos foi fácil encontrar o guichê para comprar o bilhete de ônibus que me levaria até a estação de trem de Mestre (15 km de Veneza), para então pegar um taxi e ir ao meu hotel. No momento da compra aproveitei para pedir algumas dicas e segundo a mulher que me atendeu eu deveria saltar na segunda parada.
- “dovrebbe saltare nella seconda fermata”, disse ela.

Um fato curioso na Itália é que apesar de vc fazer as peguntas em inglês praticamente todas as pessoas vão responder em italiano :-p

Embarquei no ônibus e comecei a segunda etapa da aventura na terra dos meus ancestrais. Na seconda fermata desci do ônibus e mostrei o endereço do hotel para o motorista, foi quando ele disse:
- “avrebbe dovuto saltare nella prima fermata” (eu deveria ter saltado na primeira parada).

Ok, ok, ok... ficar puto da vida não iria resolver o meu problema, mas o que me preocupava é que já estava ficando tarde... fui até uma central de informações não muito longe de onde eu estava para tentar descobrir como voltar a Mestre, foi quando a moça que estava ao lado daquela mulher q estava me atendendo disse:
- “Lei dovrebbe prendere l'autobus numero due”.

Comprei o bilhete e as 23:45 o ônibus número 2 começava a viagem de volta. Mais uma viagem de 25 minutos e cheguei na estação de trem de Mestre. Lá me deparei com mais uma particularidade italiana. No ponto de taxi trabalhavam apenas 3 taxistas e para minha infelicidade 5 minutos antes tinha chegado um trem sabe-lá-Deus-de-onde e tinha uma fila de mais de 20 pessoas esperando por taxi. Moral da história: quando cheguei no hotel já passava da 1:15 a.m.

Na manhã seguinte levantei cedo, tomei café e felizmente encontrei uma pessoa que respondia em inglês (ufa!!). O rapaz do hotel deu informações precisosas de como pegar o busão para voltar até a estação de trem de Mestre. Já na estação deixei minhas malas num guarda-volumes e peguei um trem até Veneza (finalmente).

Veneza!!!! Puts que cidade jóia, mas é como disse um conhecido:
- Veneza só tem esse charme por causa dos seus canais, caso contrário seria “mais uma cidade na Europa”.
De qqr maneira, valeu a pena.
Veneza, assim como Valência é uma cidade contrastes. Os contrastes de Valência estão nos prédios com mais de 2000 anos, as características da invasão dos turcos e os novos modelos arquitetônicos do arquiteto Santiago Calatrava. Já Veneza só tem velharia, água e igrejas (aquele povo gosta mesmo de rezar!) heheh... mas o contraste aparece após algumas esquinas daquele labirindo gigante. Após uma breve caminhada não é difícil encontrar imigrantes africanos vendendo “réplicas” das maiores marcas do mundo nas vielas da cidade, alguns metros adiante as lojas das maiores marcas do mundo de facto!

Bom... como muitos sabem, em Veneza vc tem duas maneiras de se locomover:
1 – andando ou
2 – de barco.

Opção 1, por favor!!! Sim... um passeio de gôndola pode custar 50 euros por pessoa. Existe também uma espécie de táxi aquático que custa 5 euros, mas está sempre lotado e o meu bom senso falou mais alto. Como resultado durante o dia andei, andei, andei e pra variar um pouco, andei.
No final do dia (20:22 exatamente) peguei o trem de volta para Liubliana.

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