terça-feira, maio 18, 2010

E quem “paguei” a conta??

Dia 17/05 foi feriado em Santa Maria (RS) e eu aproveitei pra ir pra casa visitar a família. Em todas as semanas eu cumpro as minhas 40 horas até na quinta-feira e, além disso, eu tenho trabalhado todas as sextas. Assim, resolvi “matar” a minha quinta-feira (13/05) e viajar nesse dia. Dessa forma eu pude aproveitar o máximo, até porque a viagem só de ida leva um pouco mais de oito horas.

Quinta-feira, 13 de maio, levantei cedo (03:40) e as 4:10 eu já estava saindo da garagem do prédio. O primeiro sinal de que algo estava errado foi dado no semáforo... melhor dizendo, nos semáforos. Da minha casa até a saída da cidade são aproximadamente oito deles. Com toda a certeza sete estavam fechados, mas mesmo assim não me aborreci e continuei a viagem.

A viagem rendia bem. Não havia trânsito (também nessa hora?! Quem é louco de sair pra viajar tão cedo??), o céu estava estrelado e o asfalto relativamente bom. Nada lembrava os sinais vermelhos, até chegar perto da cidade de Cruz Alta. Você sabe o que é neblina? Pois bem... e conseguia ver uns 3 metros a frente do carro de tanta neblina. Andei aproximadamente uns 30 Km nesse ritmo de tartaruga e começou a chover. Quase errei o trevo de acesso, mas como eu havia cometido esse erro da última vez que eu fui pra casa, nessa vez eu estava mais atento.

Passada a parte da neblina a estrada começou a piorar. Por volta das 6:30 am apareceram uns buracos daqui, outros dali, mas nada que chamasse a atenção. Do nada eu ouvi um estouro e aquele barulho de pneu furado. Aparentemente eu não passei por um buraco, mas sim em uma cratera lunar. Encostei e olhei a garoa lá fora (não havia clareado ainda). A solução era sair e ver o tamanho do estrago. Pelo tamanho do barulho eu já sabia que o pneu tinha passado dessa para outra, mas eu estava torcendo pra que nada tivesse acontecido com a roda.

Ainda com um pouco de garoa eu dei uma olhada no pneu e fui montar o triângulo. Felizmente a garoa parou e lá fui eu: chave de roda, macaco e estepe. Após 30 minutos eu voltava para a estrada e já era dia. Os 300 km restantes foram uma mistura de indignação e medo. Indignação por não ter visto a tal cratera e ter acabado com um pneu que havia rodado pouco mais de 5.000 Km, já o medo se deu pela possibilidade de encontrar outro imprevisto desse tipo e não ter como sair do lugar sem a ajuda de terceiros. Felizmente tudo correu bem por chegar em casa.

Na tarde da quinta-feira, depois de saborear o almoço da minha mãe (tem coisa melhor do que isso??) fui procurar um pneu. Passei por todas as revendas de Videira e em nenhuma delas tinha o modelo usado no meu carro. Havia um modelo similar da mesma marca e que custava um olho da cara e mais o fígado. Pra melhorar (ou piorar), em praticamente todas as revendas o discurso era o mesmo: “O par de pneus deve ser o mesmo, caso contrário o veículo pode sofrer problemas na frenagem e bla bla bla”. Em suma... todos queriam vender 2 pneus e não apenas um. Nessa hora eu já estava vendendo o meu segundo olho e um rim pra pagar a conta.

Depois de muito procurar, pesquisar e negociar, finalmente encontrei uma revenda que tinha um pneu com as mesmas especificações que o original (mas de marca diferente), fabricação nacional (com selo do Inmetro) e não tão caro quanto o da marca original. Além disso, o dono da loja comprou o pneu bom. Assim, eu comprei dois pneus novos e vendi para ele o pneu que estava sem par. Alguém pode estar se perguntando: “mas porque você não colocou o estepe pra rodar?” ahhhh boa pergunta!!! E a resposta é simples: o aro original de fábrica é um (16) e o do estepe é outro (15).

No final das contas, o prejuízo não foi tão grande, mas eu fico me perguntando: “quem ‘paguei’ a conta?”
Pergunto isso pois eu pago IPVA, imposto sobre a gasolina e algumas vezes pedágio e mesmo assim as estradas são cheias de buracos.

Um comentário:

Desabafando disse...

Eu sempre uso o estepe nesses casos...rsrsrs..aí mando arrumar no borracheiro e pronto! rsrsrs...